Hoje, ao me deslocar para o trabalho, estava eu sentado a frente de uma pessoa no metrô e não pude deixar de reparar que esse indivíduo estava com um comportamento que me causou uma certa estranheza em tempos atuais.

Parece que às vezes pensamos que nosso sistema operacional não é inteligente — o que nos faz perder tempo com tarefas geralmente inúteis, como ficar gerenciando o consumo de memória RAM, seja no macOS quanto no Windows.

No iOS, essa sensação se manifesta na tela de aplicativos recentes: muita gente fecha manualmente o que está “rodando” em segundo plano, acreditando que isso melhora o desempenho do iPhone ou reduz o consumo de bateria.

O próprio VP de engenharia de software da Apple, Craig Federighi, respondeu a uma dúvida em 2016: um usuário queria saber se Tim Cook fechava aplicativos manualmente e se isso era necessário para preservar a duração da bateria. O CEO direcionou o e-mail a Federighi, que respondeu: “Não e não”.

Por quê? Porque o multitarefa do iOS é bastante controlado, apps em segundo plano estão efetivamente “congelados”, limitando severamente o que eles podem fazer em background e liberando a RAM que estavam consumindo. “Descongelar um aplicativo congelado consome BEM menos processamento do que executar novamente um app fechado de maneira forçada.

Isso significa que, se você tem o hábito de ficar deslizando o dedo para cima freneticamente, seu iPhone tende a gastar mais bateria. Além disso, outros aplicativos não serão executados mais rapidamente: o próprio iOS libera a memória RAM necessária quando um aplicativo em primeiro plano está funcionando.

Então para que serve o recurso de fechar aplicativos no iOS? Bem, o único artigo de suporte que encontrei mencionando o recurso diz: “Se um aplicativo não estiver respondendo, force o encerramento dele”.

É isso: é um recurso para ser utilizado somente quando algo der errado.

Com tanto tempo economizado, você pode colocar as séries em dia, ler um livro ou dormir até mais tarde.

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